Jus Aquela Noite..


“...baixou o capuz negro de sua cabeça, deixando desprenderem-se seus longos cabelos brancos, que agora balançavam em movimentos apressados com o forte vento. As pontudas orelhas, peculiares de sua raça, também estavam a amostra agora, e seu aguçado sentido estava agora levemente despreocupado.

Seus alvos olhos, que mais pareciam dois cristais em meio a negritude de seu rosto, olhavam atentamente para o sul, perscrutando cada centímetro daquela vastidão enorme, onde agora seus perseguidos fugiam em desespero.

Aquela haveria de ser uma noite interessante, diferente das últimas tediosas a que tivera. Lambeu lentamente com um sorriso mordaz a vil lâmina de sua tão querida adaga, que naquela noite faria jus a fama do drow, de a sombra que mata...”
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Terror

Você caminha só, por esta vastidão intrépida e escura. Os calafrios começam a subir-lhe pela espinha e o terror ascendente a devorar-lhe os ossos.

Você olha constantemente para trás e sabe que já não está sozinho. Mas quem estará lá? E esta duvida parece sufocar-lhe enquanto você tropeça por andar apressadamente.

As sombras parecem mover-se em cada esquina, por trás de cada fachada negra e sem vida. Como se fossem existências sombrias a espreita de sua presa que se aproxima.

Os surdos gritos de espasmo da sua cabeça, como súplicas a lhe confundir em seu terror pessoal. E esta infindável peregrinação apavorante não parece ter um fim, além daquele nebuloso a que se possa imaginar.

Mas diga-me, o que você teme pequenino?
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Longe

Muitos dias eu queria estar longe, pra ser sincero a maioria deles, longe desta inércia, longe destas paredes ofegantes, longe desse meu eu que morre aqui, a cada segundo.

Longe de ver meus sonhos escaparem por esta janela sempre aberta, a leva-los além de onde posso vê-los.

Longe desta porta sempre fechada a trancafiar-me neste pequeno mundo de dúvidas e não-vida, a fazer-me companheiro desta melancolia.

Mas sei que vivo longe.. sem dúvida vivo longe. Daquela que amo, dos meus anseios e da estrada lá fora, que onde me levaria afinal?
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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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