Tempo

Com tanto tempo desperdiçado ultimamente, tenho pensando bastante sobre o mesmo ultimamente. Estava olhando como de costume em algumas comunidades de filosofia, e uma delas perguntava exatemente sobre o tempo, então me motivei a escrever.
Tempo, abstrato, porém ao mesmo tempo tão presente em nossa vida. Fomos capazes de determiná-lo, mas jamais de dominá-lo. Enquanto contamos os meses de namoro, os anos de casados e as décadas que já vivemos, não podemos evitar que eles cheguem ao fim.

As pessoas vivem em suas rotinas diárias, quase sempre fazendo a mesma coisa. Vivem atarefadas, e sempre queixam-se da falta de tempo. E quase que como um paradoxo, o tempo que lhes sobra, passam a ver TV no sofá de casa, a jogar cartas na varanda, ou dormindo. Costuma-se dizer, "viva a vida intensamente, aproveite cada segundo." Será que realmente o fazem?

Então surge a pergunta será que realmente nossa vida está valendo a pena? Estamos sabendo aproveitar bem nosso tempo?

O tempo é cruel e paciente, depois é tarde olhar para trás e se arrepender do que não fez. Não que deveremos ser adeptos do carpe diem, porém repensar um pouco sobre o tempo que nos é dado nunca é demais.
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Pink Floyd - Time

As horas passam marcando os momentos
Que se vão, que formam um dia monótono
Você desperdiça e perde as horas
De uma maneira descontrolada
Perambulando num pedaço de terra
Na sua cidade natal
Esperando alguém ou algo
Que venha mostrar-lhe o caminho

Cansado de deitar-se na luz do sol
De ficar em casa observando a chuva
Você é jovem e a vida é longa
Há tempo de viver o hoje
E depois, um dia você descobrirá
Que dez anos ficaram para trás
Ninguém te disse quando correr
Você perdeu o tiro de partida

E você corre e corre para alcançar o sol
Mas ele está indo embora no horizonte
E girando ao redor da Terra para se levantar
Atrás de você outra vez
O sol permanece, relativamente, o mesmo
Mas você está mais velho
Com o fôlego mais curto
E a cada dia mais próximo da morte

Cada ano está ficando mais curto
Nunca você parece ter tempo.
Planos que tampouco deram em nada
Ou em meia página de linhas rabiscadas
Insistindo num desespero quieto
É a maneira inglesa
O tempo se foi, a canção terminou
Pensei que tivesse algo mais a dizer

Meu lar, meu lar denovo, eu gosto de estar aqui quando posso
Quando eu chego em casa com frio e cansado,
É bom esquentar meus ossos do lado do fogo
Muito longe atravessando o campo o badalar do sino de ferro
Chamam os fiéis para os seus pés
Para escutar as macias palavras magicas faladas.
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Lapso

Pelas frestas desta janela me pergunto
Há algum sentido nesta vida?
Já não consigo notar mais nada ao meu redor
Além deste copo de whisky que treme em minha mão

Cada respiração, cada suspiro, tornar-se mais difícil
Um após outro, o brilho parece me deixar lentamente
Por que ainda vejo tua imagem em minha frente?
Por que ainda me olhas deste jeito?

Meus ouvidos me traem e já não posso mais ouvir nada
E a razão parece uma coisa distante agora
Por que estas paredes parecem mover-se?

Já não sei se estou vivo
Pois já não há nada alem do negrume pungente
A turbar meus olhos, e confundir-me

Apenas uma pergunta consome minha mente
Neste lapso de inércia, querida
Há algum sentido nesta vida?
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Apenas me mostre como partir

Tenho procurado uma forma de falar sobre as motivações e td o mais q norteia meus dias ultimamentes, e as palavras pareciam tão nefastas e sem sentido que prefiro q o mestre fale por mim..

John Frusciante - Goals (Objetivos)

Acabando com a rima
Você sabe que não me sinto bem
Esses sonhos que me roubam o tempo todo
Eles me puxam pelos olhos
Eu não tentei sentir tanto, nada esses dias
Eu tentarei alcançar o campo
E lá eu permanecerei

Não há tempo que venha para mim agora
Não há nada que eu seja contra
Não há nada que eu realmente deseje fazer
Os meus objetivos destruíram o meu passado

Algo sobre a vida
É uma reta sem fim
Estes sonhos que uma vez eu tive
Eles me levaram para um passeio
Apenas me mostre como partir
É tudo que eu preciso

Onde eu não possa notar nada
É la onde eu estarei
A vida não veio para mim agora
Eu não quero ela mesmo

Não há nada que eu gostaria de fazer
Os meus objetivos destruíram o meu passado
Não há nada que queira
Ninguém para eu distrair
Nada para esconder
Dessa vez.
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Autor

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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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