Filme - Um Diálogo Particular


Como em um filme
Dois telespectadores se sentam para assistir suas vidas

Como se um feixe de luz que incide em uma tela branca
Suas vidas. Mas o que irão ver? Um drama? Uma comédia romântica?
Ou algo mais?
Ou seria apenas um negrume sem explicação de história alguma?

E se ele pudesse ser reeditado? Como fazê-lo?
Um meio termo? Tempestades e calmarias?
Páginas a serem reescritas de um livro?

Mas e quando essas páginas acabam virando um livro? O nosso?
Escrevemo-os, mas não o sabemos, viver
Lemos nossos traços como leigos com um conformismo inconstante, e passivo
O que há afinal?

Falta um foco
Como um objeto no foco de um espelho convexo
Nossas imagens, tendem ao infinito
Onde nos refletem, em um mundo finito e cheio de limitações

Não entendo
Por que em uma história em que somos os personagens principais
Nos escapam as rédeas, e onde deveríamos ser mocinho e mocinha
Somos outrora, coadjuvantes de nossa própria história?

Seriam nossas almas infinitas que não cabem na finitude deste mundo
Que é pequeno e retrógrado?

Um filme desconexo
De pessoas que se procuram entender-se
E suas próprias palavras perdem-se na conflitância
De vossas próprias vidas incertas
De teorias confusas
E devaneios confusos

Em uma tela branca
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Gostaria claro, de agradecer a enorme contribuição, de uma grande escritora só ela que não aceita (risos), Amanda, não só no nosso diálogo particular, como também na grande força que tem me dado ao longo dos dias, seja com um ombro amigo ou uma palavra de consolo. Obrigado, e que a saga do B. e da D. não pare por aqui (risos³³).
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O Cubo

Claustrofóbico
Diametralmente perfeito em todos os seus lados
E só há linhas coplanares cruzando-se
Para onde quer que se olhe

Três dimensões
Geometricamente perfeitas
Um espaço vazio
Concêntrico

Paralelismo. Quanticidade. Tempo
Realidades desconexas
Em universos paralelos
Que se contrastam e ora fundem-se
No espaço tempo
Este último, uma distorção retrógrada

Números
Uma porção ordenada de coordenadas espaciais
Vetores e permutações geométricas
Em um sistema R3
Determinante

O cubo.

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Criei este texto inspirado na trilogia cinematográfica de O Cubo.
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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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