Dez Para as Quinze

A jogatina havia entrado pela madrugada
E ele acordara no sofá sem saber o resultado
Garrafas de uísque, amendoins e cartas espalhadas
Queria apenas saber, como ali havia chegado

Toda aquela bagunça de uma noite de diversão
Sua cabeça doía enquanto os deveres lhe chamavam
Era apenas mais uma tarde de segunda sem canção
E logo-logo as coisas voltariam como estavam

Por que bons momentos não duram para sempre?
Aquela ressaca não parecia querer dar uma resposta
Mas pensou que se talvez os guardasse na mente
Permaneceriam eternos em sua memória

Não, não. Era tudo culpa do dia seguinte
Que acabava com os uísques e as mesas de canastra
Com os amigos e a namorada

Só para dizer “ei amigo acorda, já são dez para as quinze!”

______________________________________________
Textinho que andava se desenhando em minha cabeça ultimante e
então resolvi finalmente tentar escrevê-lo, e aí está. Espero que gostem.
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19 comentários:

L.S.A. disse...

Gostei...
Tem um pouco de sinestesia, é como se a imagem da jogatina do poema fosse se formando gradativamente na cabeça.
Interessante porque é uma situação nem boa, nem ruim e nem monótona descrita de uma forma bem gradativa.
Parabéns...
Achei legal mesmo.

Francisco disse...

Gostei muito do texto.
Deixa transparece o sentimento de ressaca.
parabens.

Andréia Silva disse...

Belos seus escritos.
Queria que o tempo não passasse em determinadas ocasiões.
Abraço.

Anônimo disse...

parabéns pelo blog..e obrigado pelo comentário..

Ricardo Thadeu (Gago) disse...

Após a jogatina o dia de qualquer um amanheceria "Dez Para as Quinze".

Gostei, man.
¡Adiós!

mijeiderir disse...

Gostei do texto tambem!
parabens você escreve muito bem!

abraços

Mijei de Rir - Alegria e diversão!

Carina disse...

Huuuum
eu gostei bastante!
legal, heiim
brigada pela passada lá no blog, volte quando quiser
Té+

TATA CRISTINA disse...

Obrigada por postar no meu blog, e eu gostei do seu, tb, ok?
Beijos

Tuliio Mustännen disse...

adoreio clima de jogatina e boêmia que ronda todo esse contexto...
parabéns pelo blog,

se der, visita o meu e comente: www.kalyugatimes.blogspot.com

Adriana disse...

Passei por aqui e resolvi ficar
Vou te acompanhar
Sempre que postar eu comento
A partir deste momento
Lá no meu blog vc tbm vai estar
Bjs Bjs , até outro dia tá .

Carol Luz disse...

bem ressaca, mas eu adorei :D

Who Cares? disse...

"Todas as noites são iguais"

Mas sempre queremos mais...

Mto bom o poema.
Vc sabe jogar com as palavras

Sane Almeida disse...

Perfeito e como você finalizou, interessante.

Eu escrevia poemas e até peças de teatro, mas o dia a dia corrido não me deixa mais ter calma e ficar sozinha para escrever.

Gostei muito. Mais ainda de saber que existem homens que ainda gostam de escrever e usar sua imaginação e sentimentos (soou como preconceito?rs)

obrigada por me visitar.
bjks
tchui!

Anônimo disse...

Hahaha! Baseado em fatos reais né? Jogatinas são legais, teve uma época que eu estava viciada...consegui me libertar disso, por um tempo. =D
Lindos versos!

Felipe de Queiroz Telles disse...

Me lembra muito os poemas de Charles Bukowski. Parabéns pela escrita!

Anônimo disse...

Olá, Gabriel:
Perdoa a demora em vir, os meus dias andam meio conturbados, as horas, apressadas demais.
Mas, vim e gostei de passear por suas letras. Sei que volto e que, do mesmo modo, espero sua volta ao Meu Porto.
Obrigada pela visita e comentário.
Deixo beijo,

Míriam Monteiro - http://migram.blog.uol.com.br

Anderson Meireles disse...

Muito bom o texto!
Belo blog!

Renata, as Magnólias e a Estriquinina. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ariane Rodrigues disse...

É sempre bom ler poemas-narrativos! Bjos.

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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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