Poema #6

Corpos juntos
Teu cheiro
Cabelo no rosto

Anacrônico

Sussurros
Promessas
Aquele sorriso

Farsa

Conhaque
Lençóis jogados              
Um blues

Se foi

Parado à janela
Folhas ao vento
Tarde vazia

Fragor

Cartas ao chão
Memórias
Estilhaço
Porta aberta
Voltar

(Gabriel B. Rodrigues)

____________________________________________
Poema que escrevi de uma só vez, as palavras simplesmente
vieram a minha cabeça, e tudo fez sentido.
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Botequim



Ah! Candeias de m’alma
Que desvanecem no escuro da noite
Já não me aquecem na brisa alva
A castigar-me como um açoite

E então me lembro de que sou fugaz
E até mesmo um tanto arredio
E ainda sim, não fui capaz
De vencer esta falta de brio

E entre goles de um trago barato
Neste botequim sujo
Estou como minha vida, largado
Entre promíscuos e vagabundos

Aguardo apenas o trem das seis
Para embarcar no vagão da desilusão
Acho até me acostumei
Com esta falta de razão
E se estiver sóbrio até lá
Espero não mais voltar
A esta mesma estação

(Gabriel B. Rodrigues)

___________________________________________________
Depois de 3 anos de inatividade, voltei a ter uma inspiração repentina,
e decidi voltar a postar. Não sei em que isso vai dar, acho que apenas
precisava escrever.
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Se Voltar


Será que deixei de ser eu mesmo?
Ou na verdade sou apenas isto de fato?
Perguntas como estas quando se anda a esmo
Podem ser prato bem ingrato

Como antes já não me vês
E realmente tão pouco parece ser
Em minhas palavras já não crês
E aí então comecei a perceber
Que a mudança pode ser boa
Mas se for à toa
Talvez não mereça acontecer
.
.
.
Afinal,
Se voltar...
Lá ainda vai estar aquele garoto
Franzino e maroto,
A te procurar...


(Gabriel B. Rodrigues)
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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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