Guardei


Deitei-me ao chão anestesiado,
Aquelas últimas palavras no telefone
Foram por demais severas
Recorro como ameaçara antes, aos últimos goles do conhaque barato

...Não acreditarias...

No falhar dos sentidos, ou talvez mergulho na embriaguez
Fito, inebrio, o teto vazio procurando uma resposta
Eu que sempre tive uma resposta, sobram-me os ais

...querida, nos silêncios...

Dormir seria fácil, não fosse o torpor da bebida
Ou de teus olhos ao fechar os meus
Ah... devaneios meus,
teus...

...que guardei.

(Gabriel B. Rodrigues)
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4 comentários:

Bell disse...

tem coisas na vida que só vencemos depois de uma boa dose...

bjokas =)

Graça Pires disse...

Os devaneios, às vezes deixam-nos perdidos diante das palavras. Gostei do poema.
Beijos.

Tati disse...

Sobre o seu comentário no "De Analgésicos & Opioides": é exatamente isso, Gabriel!

Sobre seu poema: coisa mais linda de ler! [Sorrisos! Sorrisos!]

Joyce Kelly disse...

O silêncio também é uma resposta e, às vezes, a melhor, eu diria. Enquanto isso, o tempo se encarrega de pôr cada coisa em seu lugar. No momento exato, encontrarás a resposta para tudo nesta vida.

Adorei o jogo com as palavras. Estive aqui ontem, mas na pressa não parei para comentar. Você, como sempre, tão bom com as palavras. Não pare de escrever... Vez em quando estou por aqui, lendo, relendo.

Obrigada pela visita. De certa forma, isso me inspira.
Abraçando...

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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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