Uma Carta e Uma Rosa


Em cima da escrivaninha, uma carta e uma rosa
Enquanto últimos raios do sol da tarde entravam pela janela,
Sua cabeça estava baixa entre os braços
E podia-se ouvir o som baixo do rádio que tocava algo ao fundo

A noite logo chegaria, e aquele dia finalmente teria fim
Passara-o quase todo escrevendo aquela carta,
E colhendo a melhor rosa do jardim
Mas ambos jamais seriam entregues ao seu destino

E por que havia de ser assim? Perguntava-se debruçado entre os braços
As coisas eram sempre daquela forma, enquanto
A saudade apertava-lhe o peito e a solidão o encurralava
E ele terminaria mais uma vez da mesma forma
Triste.

Abaixou o capuz do casaco e levantou a cabeça
Não sei o que estou fazendo, pensou
Pegou a carta e a rosa e saiu
Aquele não poderia ser um dia qualquer,
Não, não seria,

Pelo menos hoje, farei diferente.

(Gabriel B. Rodrigues)
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Dia dos namorados... pensei em tantas coisas para escrever, e na verdade escrevi diversas coisas. Mas resolvi por fim, postar uma espécie de pequeno conto em forma de poesia (não sei nem se isso existe).
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20 comentários:

Joyce Kelly disse...

Talvez a carta nunca seja lida; talvez a rosa nunca seja vista porque é o que muitas vezes, infelizmente, acontece. Deixamos os nossos planos, os nossos sonhos apenas no papel e nos desejos.
Mas tudo pode ser diferente...

Como sempre, é um prazer vir ao teu blog para ler os seus lindos textos.

Abraço, Gabriel

Liliane Akamine disse...

Nenhum dia é um dia qualquer, e somos diferentes a cada dia. Tudo flui.
Belo blog, você escreve muito bem. Parabéns.

www.estoriasgozadas.blogspot.com

Eduardo o/ disse...

bom texto

não é dos meus estilos preferidos

mas é um bom texto

;)

se puder

http://oarlecrim.blogspot.com/

╝LuCaS╚ disse...

bem emocionante
cara eu indo há você o livro "Crepúsculo- Eclipse", muito massa

Unknown disse...

Lindo conto/poesia.
Se não existia, agora existe =)
"hoje farei diferente"
é isso que importa.
- quem dera todos os namorados quisessem fazer diferente todos os dias diferentes!

Macaco Pipi disse...

bem bonito!!

Wander Veroni Maia disse...

Sim, esse formato existe. O texto ficou muito bonito e bem construído, parabéns. Abraço :)

Marcelo Novais disse...

Nossa
que coisa mais lindaaaa
SDeu blog é muuuuito bom
PARAÉNS!

Anônimo disse...

Cara, não so muito fã de poemas romanticos. Porém, esse tá bem bonito e escrito..

passa lá:

http://analisefc.blogspot.com/

Pat Garcia disse...

Obrigada pelo comentário :)

Respondendo sua pergunta, tenho uma Nikon D3000. É uma câmera semi-profissional.

Pato em Foco

Dani Amorim disse...

Que belo texto, tanta sensibilidade, eu realmente adorei *-*
estou te seguindo

Ataniel Santos disse...

Parabéns,meu amigo!Belíssimo texto!
Sua forma de se expressar é fascinamente..Doce..Sensível..
Continue escrevendo..
Abraço.

Magali Schmitt disse...

Um brinde ao talento dos que sabem escrever sobre a alma!

Jânio César disse...

Olá Gabriel, achei muito legal o seu Blog. Estou seguindo.
Mas deixa eu te falar, vi um comentário seu em um antigo blog meu. Pausa Para Um ..., na coluna de artesanato, irei republicar essa postagem em meu novo Blog. Comvido para segui-lo.

Abraços

http://casadohippie.blogspot.com/

ninepitt disse...

muito lindo biel...mas vc pode guargar a carta e a rosa, quem sabe um dia alguém não mereça?!!bjoo

Anônimo disse...

O que vc escreve não só existe, como é bom. Parabéns.

Me visite se quiser: www.espacointertextual.blogspot.com

Barbara Galvão disse...

Uma carta e uma rosa, super romântico.
Gotei muito!

Beijos

Anônimo disse...

Muito bem constuido e lindo o texto. Parabéns!

Caio Gomes disse...

Uma carta e uma rosa, seria tão legal esse mini conto com um final feliz,
mas fica expectativa na cabeça de cada um, na minha o dia foi diferente, e se aparentemente não teve a continuação é pq o resultado foi positivo e ele tá colhendo o fruto da atitude dele e ainda não teve tempo pra contar o que houve depois.

Tu é fera brother, tem o Dom das palavras, Parabéns!

Shirley disse...

adorei, prende a leitura e mexe com a imaginação,quando li senti que nós mesmo damos final ao poema.

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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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