Guardei


Deitei-me ao chão anestesiado,
Aquelas últimas palavras no telefone
Foram por demais severas
Recorro como ameaçara antes, aos últimos goles do conhaque barato

...Não acreditarias...

No falhar dos sentidos, ou talvez mergulho na embriaguez
Fito, inebrio, o teto vazio procurando uma resposta
Eu que sempre tive uma resposta, sobram-me os ais

...querida, nos silêncios...

Dormir seria fácil, não fosse o torpor da bebida
Ou de teus olhos ao fechar os meus
Ah... devaneios meus,
teus...

...que guardei.

(Gabriel B. Rodrigues)
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Poeta que romantiza a vida por meio de versos pensos e fugazes. Em botecos de quinta, busca encontrar-se entre histórias e bebidas baratas, mulheres frívolas e olhares lascivos.

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